"Nós não vamos pedir aos homens que mudem o mundo, nós vamos fazer isso, nós mesmas", disse a jovem ativista pela educação das mulheres e raparigas, perante uma assembleia em grande parte feminina.
Este Fórum, que reúne todos os anos a elite da política e da economia nos Alpes suíços, continua a ser um espaço essencialmente masculino, em que 80% dos participantes são homens.
Este ano foi incluído na agenda dos debates um lugar para o movimento mundial de defesa das mulheres #Metoo.
"O feminismo é apenas mais uma palavra para a igualdade (…) significa apenas que as mulheres devem ter os mesmos direitos que os homens", disse Malala, de 20 anos, rendendo homenagem ao pai, "um feminista que desafiou a sociedade” tradicional paquistanesa para apoiá-la contra tudo e todos.
"Ele deu-me o nome de Malala, uma heroína Pashtun, que era famosa por sua bravura e força", afirmou a jovem, que foi forçada a fugir do seu país depois de ser vítima de uma tentativa de assassínio por parte dos talibãs em 2012.
"Espero poder voltar ao Paquistão um dia, é difícil não ver a nossa casa, família e amigos durante mais de cinco anos", declarou Malala.
Galardoada com o Prémio Nobel da Paz em 2014, Malala continua o seu compromisso de ativismo pela educação das mulheres, visitando ainda campos de refugiados ou discursando em fóruns em todo o mundo, enquanto estuda Economia, Filosofia e Ciência Política na Universidade de Oxford, no Reino Unido.
"Eu não posso enviar todas as meninas para a escola, mas posso enviar o maior número possível", sublinhou, lembrando que mais de 130 milhões de jovens e crianças do sexo feminino são privadas de educação.
LUSA