Apesar de ser evidente que as restrições de mobilidade da população fizeram aumentar a proporção daqueles que permaneceram em casa, não deixa de ser relevante fazer uma quantificação desse fenómeno. No caso, o INE acedeu a informação trabalhada pela Carnegie Mellon University, com base em atualizações de localização recolhidas a partir dos dispositivos móveis de utilizadores da aplicação Facebook que têm a opção ‘”histórico de localização” ligada.
Em 2020, conforme evidencia a fig.19, na Região, a percentagem de pessoas que ficou em casa no domingo atingiu o seu máximo no domingo de Páscoa onde cerca de 55% escolheu essa opção. Com o fim do confinamento este indicador estabilizou em torno dos 15-18%, percentagem que se manteve sensivelmente até outubro.
A partir daí, a percentagem de pessoas que ficou em casa ao domingo apresentou maior variabilidade, mas, por comparação, tendencialmente cresceu, ultrapassando os 30% a 10 de janeiro, mas mantendo-se entre os 22 e os 25% nos últimos três domingos terminados no dia 7 de fevereiro. Nota-se assim algum efeito do endurecimento de medidas nas últimas semanas.
De notar que os valores da RAM descolam dos nacionais, a partir do final de outubro, o que reflete por um lado a situação mais grave da pandemia da COVID-19 no território continental e também eventualmente o clima mais “convidativo” a sair de casa que carateriza a Região.