Os dados dão conta que há venezuelanos emigrados em 17 países, inclusive Portugal, onde em julho de 2020, residiam 27.700 cidadãos originários da Venezuela.
“Venezuelanos refugiados e migrantes no mundo: 6.024.351. Venezuelanos refugiados e migrantes na América Latina e Caraíbas: 4.978.078”, destaca o mapa divulgado RV4, precisando que os dados foram atualizados pela última vez em 5 de setembro de 2021.
Segundo o RV4 “os números representam a soma de migrantes, refugiados e requerentes de asilo venezuelanos informados pelos governos anfitriões” e “não implicam necessariamente a identificação ou registo individual de cada indivíduo, e incluem um grau de estimativa, dependendo da metodologia de processamento de dados estatísticos utilizada por cada governo” do país de acolhimento.
“Como muitas das fontes governamentais não têm em conta os venezuelanos sem estatuto de migração regular, é provável que o número total seja mais elevado”, alerta o documento.
Segundo o RV4, a Colômbia com 2,1 milhões de cidadãos originários da Venezuela, é o país com mais migrantes e refugiados venezuelanos, seguindo-se o Peru (um milhão), os EUA (465.200), o Chile (457.300), o Equador (451.100), a Espanha (415.000), o Brasil (261.400), a Argentina (173.200), o Panamá (121.600), a República Dominicana (114.000) e o México 102.200).
Os dados dão conta que há venezuelanos radicados na Itália (59.400), Costa Rica (29.900), Portugal (27.700), Trindade e Tobago (24.200), Guiana (23.300), Canadá (22.400), entre outros.
A Venezuela tinha, em finais de 2020, uma população de 28.515.829 pessoas e uma densidade populacional moderada de 31 habitantes por quilometro quadrado.
Quarta-feira, a oposição venezuelana, aliada de Juan Guaidó, anunciou o lançamento de uma plataforma digital para apoiar os migrantes e refugiados venezuelanos, em temas consulares, requerimentos para regularização de processos migratórios, organizações humanitárias e oportunidades de emprego, entre outras.
A plataforma http://hermanosvenezolanos.com pretende ainda dar visibilidade e contextualizar o que acontece na Venezuela, os fatores que motivam a migração e a situação atual dos venezuelanos nos países de acolhimento.
A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando o então presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de Presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um Governo de transição e eleições livres e democráticas.
A Organização de Estados Americanos (OEA) alertou recentemente que a emigração de venezuelanos poderá atingir os sete milhões até ao primeiro trimestre de 2022, superando os 6,7 milhões do êxodo da Síria.