O “Estudo sobre Consumo de Áudio Digital em Portugal” conclui que “8 em cada 10 internautas em Portugal já consome áudio digital, nas suas variadas formas: consumo de rádio, música ou ‘podcast online'”, ou seja, 83,5%, e que “57,3% refere que esse consumo é feito pela escuta de rádio em tempo real, através dos ‘sites’ ou aplicações móveis das rádios”.
Isto demonstra que o áudio digital é uma tendência: no ano passado mais de um terço (38,7%) dos portugueses afirmaram terem ouvido mais conteúdos digitais.
“Quatro em cada 10 inquiridos aumentaram o consumo de áudio digital, no geral, e em particular de ‘podcasts’, no último ano, sendo que 31,9% esperam aumentar o consumo áudio ‘online’ nos próximos 12 meses”, refere o estudo.
Neste período, a média de escuta situou-se nas 14 horas por semana, o ‘smartphone’ é a tecnologia mais utilizada e a música, entretenimento e humor são o ‘top 3’ dos conteúdos mais ouvidos.
Relativamente ao género, “os dados demonstram não existir uma diferença substancial no consumo de áudio digital, já que 83,2% da população masculina confirma consumir áudio em formato digital, contra 83,7% do público feminino”.
De acordo com os dados, “98,4% da geração Z [nascidos entre os meados da década de 90 e inícios de 2000] indica consumir áudio digital, sendo que desses, 38,1% garante fazê-lo através da escuta de rádio em tempo real através do ‘site’ ou ‘apps’ das rádios; o consumo de áudio digital tem, depois, tendência a ir baixando progressivamente, ao mesmo tempo que a idade dos ouvintes aumenta, até chegar aos ‘Baby Boomers’ [nascidos entre meados dos anos 40 e meados dos anos 60], em que 68,4% refere consumir conteúdo áudio de forma digital, com 67,8% a ouvir rádio em tempo real através do site ou das apps das estações de rádio”.
Os ‘smartphones’ são a tecnologia mais utilizada para consumo de áudio digital (67,1%), em particular junto da geração Z, onde este número sobe para 82,2%” e os rádios dos carros, “seja em modo ‘connected car’ ou com outro dispositivo em ‘bluetooth’ (50,7%) e o computador (48,9%) compõem o ‘top3′”, refere o estudo.
O YouTube e o Spotify são as plataformas mais utilizadas para consumo de áudio digital, com 77,7% e 58,4%, respetivamente.
“Relativamente ao conteúdo digital em formato ‘podcast’, 4 em 10 inquiridos garante ouvir podcasts (40,8%)”, conclui o estudo.
O “Estudo do Consumo de Áudio Digital em Portugal” foi feito pela Marktest para a Bauer Media Áudio Portugal “com o objetivo de conhecer os hábitos de consumo de áudio digital, junto dos internautas portugueses com mais de 15 anos, nomeadamente, quantificar o target que consome este tipo de conteúdos, a frequência com que o faz, o tipo de conteúdo consumido e as tecnologias utilizadas para o fazerem, entre outros”.
O consumo de áudio digital é entendido como o consumo de rádio, música ou ‘podcast’ online, ou seja, através da Internet e foram realizadas 808 entrevistas, entre os dias 16 e 29 de fevereiro de 2024.
“A morte da rádio tem vindo a ser sucessivamente anunciada, primeiro com a televisão, depois com a Internet, e agora com o ‘streaming'”, afirma Salvador Ribeiro, presidente executivo (CEO) da Bauer Media Áudio Portugal, citado em comunicado.
“Contudo, o que estes dados nos mostram é que uma grande parte da população – e é transversal a todas as gerações – continuam a ouvir rádio, embora agora a consumam de uma forma digital”, pelo que “este estudo abre muitos caminhos para o futuro do áudio digital e para podermos continuar na frente desta transformação, percebendo os ouvintes e dando-lhes aquilo que eles querem ouvir”, conclui o responsável.
Lusa