"Infelizmente, os resultados são dececionantes", afirmou a ministra da Educação, Angie Motshekga, na apresentação dos resultados do estudo Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS), realizado de cinco em cinco anos desde 2001.
Segundo o estudo, 81% das crianças sul-africanas no quarto ano da escola primária, ou seja, por volta dos 10 anos, leem com dificuldade, em comparação com os 78% registados cinco anos antes.
A pandemia de covid-19 contribuiu para o aumento do analfabetismo, afirmou a ministra.
De acordo com a governante, em muitas escolas primárias, "o ensino da leitura centra-se apenas no desempenho oral, negligenciando a compreensão da leitura e o significado das palavras escritas".
Muitas escolas do país, o mais industrializado do continente africano, carecem de manuais escolares e bibliotecas e, por vezes, até de infraestruturas ou casas de banho adequadas.
Trinta anos após o fim do regime de segregação racial do ‘apartheid’, o país continua a ser marcado pela educação deficiente que durante muito tempo foi imposta à população maioritariamente negra.
Muitos avós e pais são parcialmente analfabetos e têm dificuldade em ajudar os seus filhos a aprender a ler.
A África do Sul é um dos três países do continente que participaram neste estudo, juntamente com Marrocos e o Egito, e o único da África subsaariana.
Lusa