Eis uma síntese da ajuda militar tornada pública por vários governos, embora em muitas situações as autoridades prefiram guardar reserva sobre o montante real da ajuda, bem como sobre as características do material enviado.
– Portugal
O Governo português está a preparar o envio de blindados para a Ucrânia, uma informação que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse ser a confirmação do “apoio empenhado” de Lisboa na resistência contra a invasão russa.
Alguns meios de comunicação social noticiaram nos últimos dias que Portugal iria enviar 15 carros blindados M113A, mas o Governo não confirmou a informação.
Em abril, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, anunciou que Lisboa enviaria para Kiev “cerca de 160 toneladas de material militar e médico”.
– Estados Unidos
Washington garante que já entregou cerca de 3,8 mil milhões de dólares (cerca de 3,6 mil milhões de euros) em assistência militar à Ucrânia, desde o início da invasão russa.
Entre o equipamento fornecido pelos Estados Unidos encontram-se veículos blindados, artilharia e helicópteros, para além de 1.400 sistemas antiaéreos Stinger e 5.000 mísseis antitanque Javelin.
Washington também garante que a Ucrânia já recebeu peças de reposição para os seus aviões de caça.
– Turquia
A Ucrânia, que disse ter 20 aviões não tripulados (‘drones’) de combate turcos Bayraktar TB2 antes da invasão russa, declarou no início de março que tinha recebido novas encomendas no final de janeiro.
Vários observadores confirmaram nas últimas semanas a entrega de mais ‘drones’, o que Ancara não confirmou.
– Reino Unido
O Reino Unido afirma já ter distribuído 200.000 equipamentos – incluindo 4.800 mísseis antitanque e um pequeno número de mísseis Javelin – e anunciou o envio de mais 6.000 mísseis.
Londres também enviou mísseis antiaéreos Starstreak e prometeu enviar 120 veículos blindados (Mastiff, Wolfhound e Husky) e um novo sistema antinavios.
No início da invasão, Londres prometeu 350 milhões de libras esterlinas (416 milhões de euros) em apoio financeiro ao exército ucraniano, além de apoio humanitário e económico.
– Canadá
O Canadá estipulou a entrega de material militar à Ucrânia no valor aproximado de 100 milhões de euros, tendo já utilizado cerca de 90 milhões de euros em equipamento fornecido às autoridades de Kiev.
Esse equipamento inclui armas metralhadoras, armas de precisão, munições para armas, granadas, lançadores de foguetes e equipamento de vigilância.
Nas últimas semanas, o Canadá adicionou a entrega de artilharia pesada, incluindo obuses M777 e munições antitanque.
– Alemanha
No início do conflito, a Alemanha anunciou o envio de 1.000 armas antitanque, 500 mísseis terra-ar Stinger, cerca de 2.700 mísseis terra-ar Strela e munições.
Nas últimas semanas, a Alemanha entregou ainda metralhadoras, 100.000 granadas, 2.000 minas, 15 bombas anti-‘bunker’, para além de detonadores e cargas explosivas.
– Espanha
Madrid anunciou a entrega de 200 toneladas de equipamento militar, munições, 30 camiões militares, veículos especiais de transporte pesado e 10 veículos ligeiros, após o envio de uma dezena de aviões com munições e armas ligeiras.
– França
A França entregou mais de 100 milhões de euros em equipamentos militares, incluindo canhões de 155 mm e milhares de munições para armas.
Adicionalmente, Paris disponibilizou-se para treinar, em território francês, 40 soldados ucranianos no manuseio dos canhões enviados.
– Noruega
A Noruega forneceu cerca de 100 mísseis antiaéreos do tipo Mistral que planeava retirar de serviço, bem como cerca de 4.000 armas antitanque do tipo M72.
– Suécia
A Suécia anunciou o envio de 5.000 lançadores de foguetes classe AT-4, 5.000 armas antitanque adicionais e equipamentos de remoção de minas.
– Finlândia
A Finlândia entregou 2.500 armas de assalto, 150.000 munições e 1.500 lançadores de foguetes.
– Dinamarca
A Dinamarca enviou 2.700 lançadores de foguetes, num valor final que atingirá cerca de 80 milhões de euros.
– Polónia
A Polónia enviou drones, lançadores de mísseis antitanque Javelin, armas de assalto, munições, morteiros e sistemas de defesa aérea portáteis.
Nas últimas semanas, informações não confirmadas referem o envio de 40 tanques T-72 e 60 veículos blindados de combate de infantaria.
– Eslováquia
A Eslováquia contribuiu com equipamento militar no valor de cerca de 62 milhões de euros (combustível, munições, mísseis terra-ar, mísseis antitanque) e forneceu um sistema de defesa aérea S-300.
– Roménia
A Roménia anunciou o envio de combustível, munições e outros equipamentos militares, no valor de cerca de três milhões de euros.
– Letónia
A Letónia enviou mais de 200 milhões de euros em material militar, incluindo munições, mísseis antiaéreos Stinger e ‘drones’.
– Lituânia
A Lituânia forneceu ajuda militar no valor de cerca de 30 milhões de euros, incluindo mísseis antiaéreos Stinger, morteiros, armas e munições.
– Estónia
A Estónia contribuiu com 227 milhões de euros em ajuda militar, incluindo lançadores de mísseis antitanque Javelin, minas antitanque, armas antitanque e munições.
– Eslovénia
A Eslovénia anunciou o envio de armas Kalashnikov e munições, para além veículos blindados Fuchs.
– Bulgária
Oficialmente, a Bulgária decidiu não fornecer equipamento militar, devido à resistência de forças políticas pró-russas, mas as exportações de armas para países da União Europeia triplicaram nos últimos meses.
– República Checa
A República Checa entregou equipamento militar no valor de 45 milhões de euros, incluindo obuses, lançadores de foguetes e veículos de combate de infantaria.
– Bélgica
A Bélgica anunciou o envio de 5.000 armas automáticas e 200 armas antitanque.
– Holanda
A Holanda entregou 200 mísseis Stinger, munições, armas de precisão e veículos blindados.
– Grécia
A Grécia entregou 400 armas de assalto Kalashnikov, lançadores de foguetes e munições.
– Japão
O Japão entregou geradores elétricos e ‘drones’.