Segundo o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), que cita o mais recente relatório da ONU, a insegurança e a restrição de movimentos estão a levar ao encerramento das escolas e os cortes de energia estão a tornar quase impossível o ensino à distância através da Internet.
Mais a mais, acrescenta a ONU, todas as escolas da Cisjordânia e de Gaza estão encerradas.
O OCHA sublinhou que mais de meia centena de escolas construídas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) estão agora a ser utilizadas como abrigos.
"O bem-estar mental dos estudantes e do pessoal docente é negativamente afetado pela atual situação em Gaza", refere o relatório, que alerta também para a deterioração das instalações devido aos ataques.
A UNRWA explicou que, logo que a situação o permita, estes centros oferecerão apoio psicossocial às famílias afetadas e atividades recreativas a, pelo menos, 70.000 crianças e professores.
A UNRWA informou ainda que irá distribuir material escolar a cerca de 60.000 crianças assim que as escolas reabrirem, bem como irá intensificar as aulas de recuperação para as crianças deslocadas, estimadas em cerca de 20.000.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como “Espadas de Ferro”.
Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas.