O processo de convergência tarifária na energia permitiu à região arrecadar cerca de 700 milhões de euros, revelou hoje o presidente do conselho de administração da Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM), Rui Rebelo.
"Desde 2004, com o processo de convergência tarifária", o custo da energia "é igual ao nacional", disse o responsável madeirense no âmbito da visita que o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, efetuou hoje às obras de ampliação do aproveitamento hidroelétrico da Calheta.
Rui Rebelo apontou que, "desde que está na convergência, a Madeira já recebeu, através do sistema elétrico nacional, cerca de 700 milhões de euros".
Segundo o responsável da EEM, "desde 2003/2004 que a Madeira tem um tarifário igual ao restante do país e não é por aí que a economia regional deixa de ter competitividade".
Também apontou que este valor corresponde ao montante "que os consumidores regionais deixaram de pagar em eletricidade e aplicaram noutras atividades".
Rui Rebelo referiu ainda que "os Açores têm uma compensação superior", argumentando que existe "um equilíbrio das coisas" nesta área.
"É fundamental a Madeira continuar com este projeto de convergência tarifária", defendeu, sublinhando que este processo de regulação em Portugal "é muito apreciado a nível europeu".
Sobre o investimento hoje visitado, Rui Rebelo realçou que "tem uma vida útil de 70 anos e vai gerar poupanças de 80 milhões de euros".
O projeto de ampliação do aproveitamento hidroelétrico da Calheta, na zona oeste da ilha, representa um investimento na ordem dos 68 milhões de euros.
Será desenvolvido sob a responsabilidade da Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM), consistindo no aumento da capacidade de produção hidroelétrica e na transformação em sistema reversível, com captação, armazenamento e bombagem de água.
Os trabalhos vão decorrer nos próximos dois anos e pressupõem uma contribuição de 45 milhões de euros de fundos no âmbito do Quadro Comunitário 2014-2020.
LUSA