O meio de combate aéreo de que a Madeira volta a dispor este ano no combate a incêndios já foi usado em 11 situações diversas que envolveram ataque inicial, formação e treino, segundo dados oficiais.
Os dados disponibilizados à Lusa pela tutela indicam que desde o início do Plano Operacional de Combate a Incêndios Florestais (POCIF), a 15 de junho, o helicóptero de ataque inicial (HEATI) já foi utilizado em cinco missões de ataque inicial, em duas de formação e quatro de treino, perfazendo o total de 11.
Até ao dia 31 de julho, do total de missões, foram feitas 57 descargas, sendo o número mais elevado as 39 feitas nas missões de ataque inicial a incêndios em terrenos agrícolas, florestais e mato (num total de 42).
O POCIF entrou em vigor a 15 de junho e representa um investimento do Governo Regional de 1,1 milhões de euros, 600 mil dos quais adstritos ao meio aéreo sendo este valor assumido na íntegra pelo executivo regional, os restantes são para os recursos humanos envolvidos.
O POCIF 2019 implicou o reforço do pagamento por quilómetro a cada operacional das Equipas de Combate a Incêndios Florestais (ECIF), bem como a criação de mais uma ECIF nos Bombeiros Voluntários Madeirenses, de mais uma Equipa Logística de Apoio ao Combate e de uma estrutura de Comando de Coordenação e Controlo de Responsabilidade.
Atualmente no terreno existem 16 equipas ECIF em diversos concelhos da Madeira que são compostas por três elementos, para um total geral de 3.531 pessoas envolvidas, este ano, no POCIF.
A estas equipas está dada a função de prevenção, deteção, sinalização e vigilância das localidades e de acordo com os dados da secretaria regional da Saúde, que tutela a Proteção Civil regional, estes elementos já percorreram 74 mil quilómetros em toda a região.
Os dados dizem também que até ao dia 31 de julho de 2019 já existiram 152 queimadas não autorizadas.
O POCIF vigora até 15 de outubro, com um dispositivo de intervenção permanente, podendo vir a ser reforçado, prolongado ou antecipado caso se justifique.