“Temos finalmente a unidade farmacovigilância na Região Autónoma da Madeira”, declarou Pedro Ramos na apresentação deste nova unidade, que fica nas instalações do Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE), no Funchal.
O também médico acrescentou que esta unidade “vai permitir detetar, acompanhar, monitorizar, implementar estratégias diferentes, além da discussão sobre as várias notificações que vão ser feitas e que vão melhorar segurança da prescrição na Madeira, para os doentes e população”.
Pedro Ramos sublinhou que na região “o investimento no medicamento é extremamente elevado”, apontando que “só a nível hospitalar, nesta legislatura, foi feito um investimento 125 milhões de euros”.
Deste montante, especificou, vai “uma grande percentagem para os doentes oncológicos, em seguida para hepatite C, uma doença que provavelmente no futuro não vai precisar de tanto investimento”, visto que, de acordo com as indicações de Bruxelas, está a ser desenvolvido um projeto para a sua erradicação.
Segundo o governante, na Madeira a situação está “mais facilitada, devido à sua dimensão e articulação entre vários os serviços, nomeadamente gastro e infeto”.
“Algum trabalho foi feito nos últimos seis meses nas áreas da pesquisa e deteção, nos nichos de risco, como detidos e toxicodependentes”, referiu.
Também os médicos de família na Madeira tiveram formação nesta área.
Pedro Ramos defendeu um “serviço público e equilíbrio estável no sistema regional de saúde, entre as várias vertentes, nomeadamente o público, o convencionado/social e o estritamente privado”.
“Tem de ser um equilíbrio positivo, não havendo colisão, nem havendo constrangimentos, porque senão haverá sempre repercussões a nível da população”, alertou.
O secretário recordou medidas implementadas ao longo do tempo na área do medicamento, em diálogo com os farmacêuticos, as várias ordens e os fornecedores, para evitar as ruturas de armazenamento de fármacos.
Foram destacados o trabalho efetuado no que diz respeito aos genéricos, “no sentido de eficiência” para que “os custos da saúde não fossem tão elevados; a colaboração com as farmácias das comunidades, através de um protocolo, para que “fármacos pudessem ser adquiridos não só no hospital”; e a implementação da “via verde do medicamento”.
Também no que se refere à terapêutica de utilização de inovadores, desde 2015 a prescrição aumentou de 08% para 30%, disse Pedro Ramos.
C/Lusa