"Pedimos ao embaixador russo que deixe a Lituânia", escreveu Landsbergis, na sua conta da rede social Twitter.
"As relações com a Rússia estão a deteriorar-se, por causa da agressão russa à soberania da Ucrânia e das atrocidades cometidas pelas suas Forças Armadas em várias cidades ocupadas na Ucrânia", explicou Landsbergis.
Na sua declaração, o ministro dos Negócios Estrangeiros lituano cita explicitamente "o terrível massacre" de Busha, a cidade ucraniana onde, após semanas de cerco e bombardeamento, centenas de corpos civis foram encontrados, alguns deles com as mãos amarradas nas costas.
O Governo lituano anunciou no sábado passado a suspensão das importações de gás natural russo, tornando-se o primeiro país da União Europeia (UE) a dar esse passo.
Na terça-feira passada, e numa ação coordenada, a Bélgica, Países Baixos, República Checa e Irlanda anunciaram a expulsão de dezenas de diplomatas russos suspeitos de espionagem e também a Eslováquia decidiu expulsar 35 diplomatas russos e a Macedónia anunciou a expulsão de mais cinco.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,21 milhões de refugiados para os países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa