“O Algarve está muito dependente de todas as ligações possíveis e esta ligação é extremamente importante pois é mais uma porta de entrada que permite uma mobilidade muito grande para as pessoas que não gostem de andar de avião”, disse à agência Lusa Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA).
A ligação marítima entre o Funchal, no arquipélago da Madeira, e Portimão, no Algarve, foi hoje retomada, seis anos depois de ter sido suspensa, com o transporte de mais de 300 passageiros e cerca de uma centena de viaturas entre os dois destinos.
Na opinião do presidente da RTA, a ligação marítima, “não sendo um transporte que vá fazer a diferença, é importante e deve ser valorizada pelo papel que tem na ligação entre os povos e no intercâmbio do turismo entre as duas regiões de Portugal”.
“É uma iniciativa muito positiva que deve ser acarinhada e valorizada, sendo um contributo muito importante para o aumento da nossa oferta turística”, sublinhou.
Por seu turno, a presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, destacou a importância da ligação e dos “benefícios daí decorrentes”, quer para o Algarve, quer para o arquipélago da Madeira.
“É uma outra forma de transporte e até de fazer um míni-cruzeiro, facilitando também o transporte para quem queira visitar as duas regiões fazendo-se acompanhar dos seus próprios automóveis”, destacou.
Para Isilda Gomes, o retomar da ligação marítima, seis anos após ter sido interrompida, é mais uma etapa que se abre nas ligações entre o Algarve e a Madeira.
A ligação marítima entre as duas regiões é explorada pela Empresa Madeirense de Navegação e assegurada pelo ‘ferryboat’ ‘Volcán de Tijarafe’, fretado ao armador espanhol Naviera Armas, sediado nas Ilhas Canárias.
Entre 2008 e 2012, o armador espanhol assegurou a ligação Portimão/Funchal, pondo fim ao interregno de 23 anos no transporte marítimo de passageiros entre o arquipélago da Madeira e o continente português.
A Empresa Madeirense de Navegação tem programadas 12 viagens entre os dois destinos com frequências semanais, a última das quais marcada para o dia 20 de setembro.
Lusa