A manifestação está marcada para as 14 horas do dia 2 de novembro, sexta-feira e pretende alertar para as grandes responsabilidades do Estado português no drama dos lesados.
A Associação de Lesados do Banif Obrigacionistas e Acionistas (ALBOA) já pretendia ter feito este protesto no passado dia 18 mas Marcelo Rebelo de Sousa acabou por cancelar a viagem à Madeira e a presença na Conferência das Regiões Periféricas da Europa.
A ALBOA tenta agora, na próxima sexta-feira, uma manifestação com o objetivo de alertar o Presidente da República para ausência de uma solução para os lesados do Banif. Em curso está também uma ação contra a Comissão Europeia por procedimentos prejudiciais aquando da resolução do banco.
Marcelo Rebelo de Sousa vai ouvir os partidos políticos com assento parlamentar sobre a melhor data para a realização das eleições regionais do próximo ano. As reuniões devem acontecer a partir das 14 horas no Palácio de São Lourenço e meia hora antes, às 13h30, os lesados concentram-se à porta da residência oficial do Representante da República, para falar ao Chefe de Estado, a quem pretendem deixar um conjunto de denúncias e alertas.
O Banif foi adquirido pelo Santander Totta por 150 milhões de euros, em 2015, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não adquiriu.
Neste processo, cerca de 3.500 obrigacionistas subordinados e acionistas que perderam 263 milhões de euros, havendo ainda a considerar 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira.