O arguido Carlos Abreu, que está detido preventivamente desde agosto de 2016, é acusado de um crime de violação de uma jovem de 17 anos, ocorrido no edifício das piscinas municipais da Calheta, um concelho na zona oeste da ilha da Madeira, em maio de 2016.
De acordo com a acusação, Carlos Abreu trabalhava naquele local ao abrigo de um programa de ocupação destinado a desempregados e terá perpetuado o crime num cenário de chantagem depois de ter surpreendido a jovem em contactos íntimos com o namorado, ameaçando mostrar imagens à família e aos responsáveis da escola.
O arguido é também acusado de um outro crime de abuso sexual, ocorrido em agosto de 2015, num terreno na mesma localidade, para onde terá atraído uma menina com 10 anos residente no mesmo complexo onde vivia com os dois filhos, e lhe terá exibido os órgãos genitais, pedido à criança que fizesse o mesmo.
A criança fugiu e a família apresentou queixa na Polícia de Segurança Pública.
Devido à natureza sexual dos crimes e por estar envolvida uma vítima menor, o coletivo de juízes presidido por Filipe Câmara determinou que o julgamento decorresse "sem publicidade", à porta fechada, instando que todos os que estavam para assistir à sessão, que decorre na Instância Central, no Funchal, abandonassem a sala.
Carlos Abreu está assim a ser julgado por crimes que nada têm a ver com o caso do desaparecimento do filho.
A ex-companheira e mãe da criança também já foi julgada, depois de ter sido acusada de tentar raptar e vender o menino, tendo sido absolvida.