A secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira, Susana Prada, anunciou hoje que já foram limpos 30 hectares de terreno nas zonas ardidas sobranceiras ao Funchal, com a ajuda de madeireiros.
"Iniciámos em janeiro e hoje iniciámos mais outra fase de limpeza de cinco hectares", declarou, ressalvando que até agora "já foram limpos 30 hectares e até ao final do ano serão limpos muitos mais".
Esta estratégia do executivo madeirense enquadra-se no âmbito da política de prevenção aos fogos florestais, que acontece durante todo o ano, desenvolvendo atividades de silvicultura preventiva.
A zona alta de São Roque, no Funchal, foi o local de ignição do incêndio de agosto de 2016 que deixou um rasto de destruição na ilha.
Susana Prada referiu que é um local "em que a vegetação é altamente combustível", com eucaliptos, acácias e mato, "de modo que é necessário limpar, retirar para zelar pela segurança da população".
Esta limpeza tem sido feita com recurso ao trabalho de madeireiros locais que obtêm lucro apenas no final da operação, como explicou a secretária.
"Contactamos primeiro os privados, que têm de autorizar a limpeza do terreno e depois os madeireiros vêm fazer o trabalho de limpeza, não cobram nada, nem ao Governo nem aos privados e, em contrapartida, entregam as madeiras na estação de compostagem da Meia Serra", local onde depois é transformada em biomassa para produção de energia.
Quanto à linha de apoio do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira (PRODERAM) que permite que exista um cofinanciamento de até 85% para a limpeza de terrenos de privados, o valor existente é de quatro milhões de euros, projeto paralelo a este de pedir ajuda aos madeireiros.
LUSA