As infeções registadas no sábado ultrapassaram as 37.000, embora tenham sido feitos quase mais 30.000 testes de diagnóstico, confirmando mais uma vez que quanto mais se procura o vírus, mais se encontra.
Com a redução da testagem no fim de semana, a relação entre casos positivos e o total de testes passou a ser de 17,4%.
O número de mortos continua muito elevado, em linha com os últimos dias, e o balanço provisório é de 45.229 óbitos desde o início da crise pandémica, em meados de fevereiro.
No total, 1.178.529 pessoas foram infetadas desde o início da pandemia no país.
A pressão nos hospitais continua a aumentar, embora a maioria dos 712.490 infetados esteja em casa com sintomas ligeiros ou assintomáticos, 35.469 pacientes estão internados (mais 765 desde sábado) e 3.422 estão nas Unidades de Cuidados Intensivos (mais 116).
As regiões com o maior número de contágios continuam a ser a Lombardia (8.060), Piemonte (5.046) e Campânia (3.771).
Enquanto isso, o Instituto de Tumores de Milão e a Universidade de Siena indicaram que o Sars-CoV-2 circulava em Itália já em setembro de 2019, quase meio ano antes de os primeiros casos serem detetados na cidade de Codogno, na Lombardia.
Ambas as instituições publicaram um artigo no qual asseguram que, analisando testes de tumores pulmonares de 959 indivíduos entre setembro de 2019 e março de 2020, 11,6% deles (111) já apresentavam anticorpos do coronavírus, 14% já em setembro.
Mais da metade das pessoas que já tinham anticorpos, 53,2%, eram da Lombardia. Porém, a presencia dos anticorpos não se limitou a essa região, a mais atingida pela pandemia, estavam já em cinco regiões do país.
Para conter o vírus, o Governo decretou até 03 de dezembro o recolher obrigatório entre as 22:00 e as 05:00, restringiu o horário da restauração e encerrou cinemas, teatros, ginásios ou piscinas.
Além disso, impôs um sistema com três níveis de restrições a nível regional – vermelho, laranja e amarelo – para impor as mais severas aos territórios mais afetados e evitar o encerramento total do país, que penalizaria as menos afetadas.
As zonas “vermelhas” estão praticamente em confinamento, menos severo do que o da primavera passada. Neste momento, Lombardia, Piemonte, Vale de Aosta, Toscana, Trentino-Alto Adige, Campânia e Calábria estão todas nesse nível, a última devido ao sistema hospitalar precário.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.313.471 mortos resultantes de mais de 54 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
C/Lusa