Uma semana após o Hamas ter lançado um ataque sem precedentes contra Israel, que provocou cerca de 1.300 mortos em território israelita, o departamento governamental sanitário palestiniano de Gaza acrescentou num comunicado que, dos 2.215 mortos, 724 são crianças e 458 mulheres, enquanto 8.714 outras pessoas ficaram feridas.
Hoje, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), que cita dados do Ministério das Obras Públicas de Gaza, indicou que, após a primeira semana, o conflito já deixou 1.300 edifícios completamente destruídos na Faixa de Gaza.
Segundo a ONU, foram destruídos 1.324 edifícios residenciais e não residenciais, num total de 5.540 habitações, enquanto 3.750 outras casas foram danificadas a ponto de se tornarem inabitáveis.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na sexta-feira que os atuais ataques a Gaza são apenas "o começo", numa altura em que Israel procura retaliar contra o sangrento ataque do Hamas de 07 de outubro, lançado a meio do Sabat, o período de descanso semanal dos judeus, e no último dia do feriado de Sukkot.
Centenas de combatentes do Hamas infiltraram-se em Israel em veículos, por via aérea e marítima, matando mais de mil civis na rua e em residências, espalhando o terror sob um dilúvio de foguetes.
Durante o ataque, que deixou o país atónito, os milicianos do Hamas, movimento islamita considerado terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, raptaram dezenas de reféns israelitas, estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade, que o grupo islamita, que controla Gaza desde 2007, ameaça executar.
O Ministério da Saúde palestiniano declarou que pelo menos 1.900 habitantes de Gaza, na sua maioria civis, e mais de 600 crianças, foram mortos nos ataques israelitas no enclave densamente povoado.
A ONU está a tentar contabilizar o número de pessoas deslocadas das suas casas na Faixa de Gaza, com mais de 423.000 registadas no final de quinta-feira.
Israel avisou que 1,1 milhões de pessoas que vivem no norte do enclave devem deslocar-se rapidamente para o sul, antes de uma esperada ofensiva terrestre.
Lusa