De acordo com a ANI, várias “séries de ataques” foram registadas noutras zonas do sul do país, onde o fogo transfronteiriço entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah se transformou numa guerra aberta a 23 de setembro.
O exército israelita já tinha anunciado um “ataque direcionado” aos subúrbios do sul de Beirute, um dos bastiões do Hezbollah, contra o qual Israel lidera uma ofensiva no Líbano há duas semanas.
O exército está “atualmente a realizar um ataque direcionado na região de Dahieh” (termo árabe que significa “subúrbio” e designa os subúrbios do sul da capital libanesa), referiu em comunicado divulgado pouco depois das 15:50 locais (13:50 em Lisboa).
Por seu lado, o Hezbollah garantiu hoje que vai continuar a combater a “agressão” de Israel, quando se assinala o primeiro aniversário do ataque do grupo extremista palestiniano Hamas ao sul de Israel, em 07 de outubro de 2023.
Nesse dia, militantes do Hamas atacaram território israelita, provocando cerca de 1.200 mortos e fazendo mais de 250 reféns que foram levados para a Faixa de Gaza.
Israel respondeu ao ataque com uma ofensiva na Faixa de Gaza que, desde então, provocou cerca de 42.000 mortos, segundo o governo do enclave controlado pelo Hamas desde 2007.
O grupo libanês, um aliado do Hamas, classificou Israel como uma entidade “cancerosa” que deve ser erradicada.
Desde outubro de 2023, Israel e o Hezbollah têm estado envolvidos num fogo cruzado quase diário, hostilidades que se agravaram nas últimas semanas.
A formação xiita, que é apoiada pelo Irão, afirmou ter aberto uma frente contra Israel, com o objetivo de “defender o Líbano”, embora tenha reconhecido que “pagaram um preço elevado”.
Desde outubro de 2023, mais de 2.000 pessoas foram mortas no Líbano, incluindo mais de mil desde a intensificação dos bombardeamentos israelitas a 23 de setembro, segundo as autoridades libanesas, que também apontam para cerca de 1,2 milhões de deslocados no país.
Lusa