O caixão vai estar em repouso durante 24 horas e acessível ao público, esperando-se filas de espera de horas, ao longo de centenas de metros.
O carro funerário com o caixão chegou numa procissão desde o Palácio de Holyroodhouse, residência oficial do monarca britânico na Escócia e onde o corpo se encontrava desde domingo.
O Rei Carlos III acompanhou o carro funerário a pé, juntamente com os irmãos, princesa Ana e príncipes Eduardo e André, e uma guarda militar, enquanto a rainha consorte, Camilla, e outros membros da família deslocaram-se de automóvel.
Após a chegada à catedral, anunciada com o toque de trombetas, o caixão coberto com o estandarte real escocês foi depositado numa plataforma com a Coroa da Escócia no topo.
Segue-se uma missa, cujo programa inclui peças musicais de Bach, Purcell e do compositor contemporâneo escocês James MacMillan, e a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, fará a primeira leitura de textos bíblicos.
"Estamos reunidos neste momento como uma nação em sofrimento, mas lembrando com gratidão a longa vida e reinado da vossa serva Isabel, nossa Rainha", vai dizer o reverendo Calum MacLeod, segundo a ordem de serviço.
O caixão vai ter uma guarda de honra permanente da Companhia Real de Arqueiros, os guarda-costas oficiais do monarca britânico na Escócia.
À entrada serão feitas revistas de segurança como em aeroportos e só as pessoas com pulseiras oficiais de acesso poderão entrar.
As regras apertadas ditam que terão de manter-se sempre em movimento junto ao caixão e não poderão depositar flores.
O uso de telemóveis ou máquinas fotográficas é proibido e só poderão ser transportados sacos de pequena dimensão.
Ao longo do percurso foram-se juntando pessoas ao longo da manhã, muitos dos quais turistas espanhóis, japoneses, norte-americanos e europeus, mas também de outras partes do Reino Unido, como Manchester e Belfast.
"Marcámos está visita a Edimburgo há duas semanas e depois isto aconteceu. É algo tão importante que não queremos perder", disse Rico Myers, turista dos Países Baixos, à Agência Lusa.
A oportunidade de poder assistir ao cortejo na primeira fila junto à estrada implicou uma espera de cinco horas, mas a companheira, Sanne Notermans, afirmou: "Podemos voltar para ver as atrações turísticas noutra altura qualquer".
Muito do comércio aproveitou esta ocasião para fazer negócio, como foi o caso de Bob Singh, proprietário de uma loja de artigos de lã.
"As vendas aumentaram 50 por cento. Enquanto esperam, as pessoas compram recordações ou chapéus de chuva e impermeáveis", disse à Lusa.
Singh aproveita para mostrar a fotografia no perfil da redes sociais, uma ‘selfie’ com a rainha a olhar pela janela do automóvel, à saída da Catedral, há uns anos atrás.
"Até parece que foi de propósito. Ela era muito querida", disse.
Pelas 19h20, Carlos III voltará à Catedral de Santo Egídio para participar numa vigília com outros membros da família real juntamente do caixão de Isabel II.
A Rainha Isabel II morreu na quinta-feira passada aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos do mais longo reinado da história do Reino Unido.
Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, e tornou-se Rainha de Inglaterra em 1952, aos 25 anos, na sequência da morte do pai, George VI, que passou a reinar quando o seu irmão abdicou.
Após a morte da monarca, o seu filho primogénito assumiu aos 73 anos as funções de rei como Carlos III.