“Não tem havido ocorrências [incêndios], quando há ocorrências a situação fica descontrolada”, disse à Lusa António Nunes, considerando que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) tem que coordenar e devia ter antecipado o que está acontecer devido às previsões meteorológicos e enviar mais cedo grupos de reforço para o centro e norte do país.
O presidente da LBP sustentou que os principais problemas que se estão hoje a colocar são massa de ar quente e seco e vento forte, a que se junta “alguma chuva que caiu” no verão, ajudando ao crescimento de erva e mato para queimar.
Questionado sobre os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas da semana passada que davam contam que este ano o número de fogos e a área ardida registavam o valor mais reduzido na década, António Nunes afirmou que “as contas fazem-se no fim”.
O mesmo responsável disse ainda que os fogos de hoje fazem lembrar o que aconteceu em 15 de outubro de 2017, quando vários incêndios deflagraram no norte e centro do país.
Segundo o presidente da LBP, cinco bombeiros sofreram ferimentos e um carro dos bombeiros voluntários de Penalva do Castelo (distrito de Viseu) ardeu devido aos incêndios que estão a atingir o país, sobretudo na região Norte e Centro, obrigando ao corte de estradas, ferrovia e encerramento de escolas, além de já terem ardido diversas casas.
Segundo a ANEPC, os fogos provocaram a morte a dois civis e um bombeiro no distrito de Aveiro.
No domingo, o Governo declarou situação de alerta para todo o território do continente até às 23:59 de terça-feira devido ao agravamento do perigo de incêndios rurais.
Portugal pediu ajuda à União Europeia ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil e já disponibilizaram meios aéreos França, Itália, Espanha e Grécia, num total de oito aviões ‘canadair’.
Os dois aviões pesados enviados por Espanha já estão a atuar no combate aos incêndios.
Lusa