Os principais jornais ‘online’ alemães estão a acompanhar o acidente na Madeira com um autocarro que transportava turistas alemães, classificado como “Bus-drama” e que provocou 29 mortos, aguardando “a identificação das vítimas”.

O tabloide Bild qualifica o acidente de “Bus-drama” e escreve que o motorista “tentou, queria evitar a tragédia, quis desacelerar o autocarro, mas não conseguiu parar”. O jornal cita ainda um casal que conseguiu sobreviver ao acidente.

“Nós tínhamos o cinto posto, os outros aparentemente não, nós não sabemos. As pessoas voaram ao nosso redor”, lê-se na edição ‘online’ do Bild.

O Spiegel Online entrevista Isle Everlien Berardo, pastora da Igreja Evangélica de língua alemã na Madeira, desde 1987, revelando que, logo depois do acidente, “ela foi ao hospital ajudar as vítimas”.

“Estavam todos muito tranquilos, claro que em estado de choque, mas muito serenos, porque sentiam que estavam a ser cuidados. Além dos médicos e da equipa de enfermagem, havia muitos ajudantes que se moviam muito rapidamente. Voluntários que falavam português e alemão”, conta Isle Everlien Berardo ao Spiegel Online.

Já o Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) revela, no título, que “a maioria das vítimas fez a reserva através de uma empresa de Frankfurt”.

“A empresa de Hesse (Estado federado alemão) enviou uma equipa de apoio para a ilha”, conta ainda o FAZ.

O principal portal de notícias alemão, T.online, escreve que “a identificação das vítimas continua”.

A Focus Online chama ao acidente “pesadelo”, atualizando a informação “ao minuto”. A revista alemã descreve o clima no hotel onde estavam hospedados os turistas que seguiam no autocarro.
“As mesas, que estavam cheias ao pequeno-almoço, ficaram, de repente, vazias”, descreve um casal alemão.

Pelo menos 29 pessoas morreram no acidente com um autocarro que transportava turistas alemães em Santa Cruz, na Madeira, na quarta-feira à tarde.

Uma das vítimas morreu no hospital central do Funchal, onde deram entrada 28 feridos, dois dos quais portugueses.

As vítimas mortais, 11 homens e 18 mulheres, são todas alemãs.

LUSA