"Neste momento, existem listas de espera como existem em qualquer sociedade europeia porque há uma grande acessibilidade", realçou, durante uma audição na Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa da Madeira.
Herberto Jesus lembrou, a este propósito, que em alguns países nórdicos e anglo-saxónicos "já há limites à entrada para as listas de espera".
"Nós, aqui na Madeira e em Portugal, ainda não temos essa não acessibilidade", acentuou.
O presidente do IASAÚDE considerou que os números das listas de espera "não são reais", indicando que o organismo a que preside reembolsou 30.000 exames complementares de diagnóstico.
"Neste momento, só o facto de ter 30.000 exames no IASAÚDE de diferentes tipologias, eu presumo e penso que não estarei a ser incorreto a dizer isto, que provavelmente alguns destes 30.000 eram de doentes que já estavam na lista de espera", observou.
Herberto Jesus disse ainda que o IASAÚDE e o Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) estão a trabalhar conjuntamente de maneira a perceber "como é que se poderá ter, de facto, os números reais das listas de espera".
No que diz respeito a números, Herberto Jesus remeteu-os para o SESARAM, salientando que o caminho a seguir é o da prevenção e de redução das situações de risco.