"O atraso houve em relação à Força Aérea, porque o visto do TdC, para eles, só surgiu na quinta-feira passada. Portanto, nós já não conseguimos embarcar [a aeronave] na sexta-feira e por isso mesmo a empresa vai tratar de fazer o seu embarque no dia 14 de junho. Estará na região na altura em que nós prevíamos que estivesse [depois de comunicado o atraso no visto]", explicou à Lusa o secretário da Saúde da Madeira, Pedro Ramos.
O helicóptero é transportado de barco, devendo chegar à região até segunda-feira.
O Plano Operacional de Combate aos Incêndios Florestais (POCIF) da Madeira, que entra em vigor no sábado, representa um investimento do Governo Regional de 1,1 milhões de euros, 600 mil dos quais adstritos ao meio aéreo.
"O meio deste ano é idêntico ao do ano passado, um HEATI, um helicóptero para atuar na fase inicial, que já no ano passado se verificou muito importante nas zonas onde o fogo apareceu, zonas inacessíveis, para fazer o tal ataque inicial e ampliado", explicou o secretário regional.
O secretário que tutela a Proteção Civil regional criticou a demora do visto do TdC, defendendo celeridade nas decisões sobre assuntos que visam a segurança das populações.
"Neste país o Código de Contratos Públicos e o TdC não protegem o cidadão. Como não protegem, todos estes pequenos atrasos, todas estas pequenas questiúnculas que aparecem sempre na esfera do domínio público – mesmo quando se trata de assuntos que são do interesse das pessoas, da proteção das pessoas -, [mostram que] este país está, de facto, muito atrasado neste aspeto", afirmou.
O POCIF 2019 vai vigorar entre 15 de junho e 15 de outubro, com um dispositivo de intervenção permanente, podendo vir a ser reforçado, prolongado ou antecipado caso se justifique.
O plano operacional implica, por exemplo, o reforço do pagamento por quilómetro a cada operacional das Equipas de Combate a Incêndios Florestais (ECIF), bem como a criação de mais uma ECIF nos Bombeiros Voluntários Madeirenses, de mais uma Equipa Logística de Apoio ao Combate e de uma estrutura de Comando de Coordenação e Controlo de Responsabilidade.
O helicóptero começou a ser usado no combate aos incêndios na Madeira no ano passado, depois de anos de discussão sobre a sua operacionalidade, devido aos ventos habituais da região e à orografia.
C/Lusa