Em comunicado, a organização, que até final de maio tinha recebido 16 pedidos de ajuda, lembra que a Bolsa de Psicólogos para acompanhar as vítimas de violência sexual no contexto da Igreja Católica em Portugal tem já 70 profissionais, mas sublinha que a distribuição destes profissionais não é uniforme.
“A distribuição geográfica destes profissionais não é totalmente uniforme e existem ainda áreas a descoberto, pelo que apelamos aos psicólogos especialistas das regiões da Madeira, Açores e também de Castelo Branco, em concreto, para que nos contactem no sentido de colaborar com este projeto”, refere a nota.
De acordo com o mapa disponibilizado, o distrito de Lisboa tem 24 psicólogos sinalizados, o do Porto 16 e o de Setúbal sete e o Algarve quatro. O distrito de Castelo Branco é o único sem psicólogos sinalizados, o mesmo acontecendo com a Madeira e os Açores.
O comunicado avança ainda que os profissionais que já fazem parte da Bolsa de Psicólogos vão iniciar formação especializada no próximo dia 17 de julho e lembra que a Bolsa de Psiquiatras está também em fase de constituição, tendo já sido identificados 12 especialistas que se disponibilizaram a integrar o projeto.
“A Bolsa de Psiquiatras e de Psiquiatras da Infância e Adolescência está ainda a ser constituída, em articulação com os respetivos Colégios de Especialidade da Ordem dos Médicos”, explica.
Segundo a nota, a formação inicial a receber por estes especialistas irá abordar o tema da violência sexual em geral, os processos de avaliação e intervenção psicoterapêutica com vitimas e agressores e o seu enquadramento no âmbito do Direito penal e canónico.
Esta formação será dinamizada pelos elementos do Grupo Executivo e Consultivo do Grupo VITA, acrescenta.
O Grupo VITA lembra que está em funcionamento há um mês e, em articulação com a Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Continua a receber pedidos de ajuda por parte de vítimas de violência sexual, estando a decorrer os respetivos atendimentos – ‘online’ e presenciais -, que “permitem a recolha adicional de informação e o posterior encaminhamento de modo a ir ao encontro das necessidades identificadas”, refere.
O grupo lembra igualmente que estão a ser sinalizadas diversas situações ao Ministério Público e à Igreja, “permitindo o início dos respetivos processos de investigação”.
O Grupo VITA pode ser contactado através da linha de atendimento telefónico (91 509 0000) ou do formulário para sinalizações, já disponível no site www.grupovita.pt.
O grupo foi criado em abril, no âmbito da Conferência Episcopal Portuguesa. Assume-se isento, autónomo e independente e visa acolher, escutar, acompanhar e prevenir as situações de violência sexual de crianças e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal, numa lógica de intervenção sistémica.
A apresentação do primeiro relatório de atividades está já marcada para o dia 12 de dezembro de 2023.
Lusa