O Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM) informou que ontem a adesão à greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica na região foi de 61% no período da manhã e de 71% no turno da tarde.
De acordo com a informação divulgada pelo SESARAM, dos 169 técnicos que deveriam estar ao serviço no turno da manhã, 103 aderiram à paralisação, que foi convocada por tempo indeterminado.
O SESARAM está a aconselhar os utentes a contactarem "previamente os serviços mencionados para avaliar as condições de viabilidade do atendimento".
Na mesma informação, este serviço regional salienta que "todas as situações urgentes estão a ser atendidas e os serviços mínimos salvaguardados."
O delegado do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, Adelino Ribeiro, afirmou estar satisfeito com os números de adesão destes profissionais, na Madeira, com serviços paralisados.
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica estão desde as 00:00 de ontem numa greve por tempo indeterminado, um protesto que pretende exigir a reposição do acordo que os sindicatos do setor dizem ter sido "violado pelo Governo".
Tinha sido acordado entre sindicatos e Governo uma quota de 30% de lugares de topo de carreira para os profissionais de diagnóstico e terapêutica. Contudo, em Conselho de Ministros, essa quota foi diminuída para 15%, uma situação que está a indignar os profissionais.
O sindicalista referiu que "foram marginalizados", afirmando serem os técnicos superiores com "o ordenado mais baixo", reconhecendo, no entanto, que o não reconhecimento da carreira técnica especializada é, para além da questão monetária, o que os move nesta greve.
LUSA