“O Ministério da Agricultura abre amanhã, quinta-feira, dia 26 de agosto, o anúncio “Prevenção de Calamidades e Catástrofes Naturais”, com uma dotação de dois milhões de euros, com o objetivo de promover uma atuação preventiva da propagação da bactéria ‘Xylella fastidiosa’”, indicou, em comunicado, o executivo.
Este aviso, que decorre até 26 de outubro, abrange investimentos superiores a cinco mil euros em viveiros de produção de plantas de espécies ornamentais, fruteiras e videira, as mais suscetíveis à bactéria.
O apoio em causa pode atingir 80% do custo total elegível dos investimentos, até ao limite de 80.000 euros por beneficiário.
“A presença da bactéria ‘Xylella fastidiosa’ em território português constitui um risco para as explorações agrícolas, existindo um elevado número de espécies vegetais suscetíveis a esta bactéria, assim como condições climáticas propícias ao seu desenvolvimento. Pretendemos incentivar os produtores a dotarem as suas explorações com estruturas de proteção contra os insetos vetores da doença, através de um apoio financeiro que pode ir até aos 80%”, afirmou, citada no mesmo documento, a ministra da Agricultura, Maria do céu Antunes.
No início de agosto, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) anunciou que a bactéria ‘Xylella fastidiosa’ foi detetada em plantas de alecrim nas regiões Massamá e Monte Abraão, Sintra, e Luz de Tavira e Santo Estêvão, no Algarve.
Em causa está uma bactéria transmitida pelo inseto ‘Philaenus spumarius’ (vulgarmente conhecido como cigarrinha-da-espuma), que se alimenta do xilema das plantas e cujo ciclo se inicia na primavera.
A bactéria afeta um elevado número de espécies de plantas ornamentais e também espécies de culturas como a oliveira, a amendoeira, a videira ou a figueira.
Em 18 de janeiro de 2019, Portugal informou oficialmente a Comissão Europeia da presença da bactéria ‘Xylella fastidiosa’ em plantas de lavanda no jardim de um ‘zoo’ em Vila Nova de Gaia, no Porto, conforme disse à Lusa, na altura, uma fonte comunitária.