“O MNE, através do consulado-geral em Joanesburgo, está a acompanhar a situação através de contactos com as autoridades locais e com as famílias”, referiu o gabinete do ministro João Gomes Cravinho em resposta à Lusa.
“O Governo lamenta o sucedido, repudia qualquer tipo de violência e deixa a sua solidariedade às famílias”, adiantou a nota, salientando que “o caso está em investigação”, sem precisar detalhes sobre a autoria da mesma.
Por seu lado, numa publicação na rede social Twitter, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, lamentou “profundamente o ataque perpetrado contra um estabelecimento comercial na região de Joanesburgo, de que resultou a morte de um compatriota” e que provocou “ferimentos graves noutro”.
“O meu coração está com as respetivas famílias”, acrescentou o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros.
O proprietário português de um estabelecimento comercial no leste de Joanesburgo foi baleado mortalmente durante um violento assalto à mão armada no leste de Joanesburgo que provocou ferimentos graves noutro compatriota que visitava a loja.
Fonte próxima da família das vítimas referiu à Lusa que o incidente ocorreu cerca das 18:00 locais de sábado, no bairro português de Primrose, leste de Joanesburgo, quando quatro assaltantes armados irromperam pelo estabelecimento comercial de Gilberto Abreu, baleado mortalmente com quatro tiros.
Gilberto Abreu era um proeminente colaborador da coletividade local Luso África, declarou.
A segunda vítima, também de nacionalidade portuguesa, Mário Tavares, que se encontrava no estabelecimento no momento do assalto, encontra-se hospitalizado com ferimentos graves nos cuidados intensivos do Union Hospital, em Alberton, após ter sido baleado também com quatro tiros, explicou a mesma fonte.
“Ele levou quatro tiros, três no estômago e um no peito, estando com os pulmões, os intestinos e o cólon danificados, em condição crítica nos cuidados intensivos”, adiantou fonte próxima da família.
O incidente comoveu o clube português Luso África, em Primrose, que tem sido assaltado “praticamente todos os meses”, referiu fonte da coletividade portuguesa à Lusa.
De acordo com a mesa fonte, o problema da criminalidade “atinge o clube e toda área residencial envolvente devido à proliferação de aldeamentos informais”.