“Feito o pedido de auxílio de emergência, a empresa tem seis meses para apresentar o plano de reestruturação, no entanto, daquilo que temos acompanhado provavelmente será apresentado bastante mais cedo, até porque foi esse o compromisso do conselho de administração da SATA, mas mais pormenores a SATA terá de os dar”, avançou.
Ana Cunha falava, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à Aerogare das Lajes, na ilha Terceira.
Questionada sobre se o plano de reestruturação da companhia aérea pública já estava concluído, a governante respondeu apenas “sim”, sem se alongar em mais detalhes.
O novo conselho de administração da transportadora açoriana, que tomou posse em janeiro, comprometeu-se a apresentar um plano estratégico e de negócios até ao final do primeiro trimestre do ano, mas a pandemia da Covid-19 obrigou a uma reavaliação do documento.
No plenário de junho, na Assembleia Legislativa dos Açores, Ana Cunha disse que o documento deveria ser apresentado ao acionista único da empresa, o Governo Regional, até ao final desse mês.
Questionada no fim de junho pela Lusa, a companhia aérea confirmou que tinha solicitado um pedido de auxílio de Estado, no quadro das ajudas extraordinárias previstas pela Comissão Europeia, mas considerou “prematuro adiantar cenários”.
A Cecretária Regional dos Transportes e Obras Públicas também não quis revelar detalhes, alegando que isso competia à administração da empresa.
“O pedido já seguiu. O próprio Ministro das Infraestruturas e Habitação já deu nota de que tinha recebido a carta do auxílio de emergência. Mais pormenores serão certamente revelados num curto espaço de tempo pela SATA”, apontou.
Na Aerogare das Lajes, uma das que têm gestão pública nos Açores, Ana Cunha disse que foram feitas obras e adotadas medidas para dar “um maior conforto dos passageiros que a utilizam”, perante as novas orientações das autoridades de saúde, devido à pandemia da Covid-19.
“Tem sido uma logística nova, mas julgo que temos estado com todos os serviços à altura, a fazer um esforço grande de adaptação e sempre com vista a que para o utilizador da infraestrutura não se note essas novas regras em vigor, ou pelo menos que causem o menor constrangimento possível”, apontou.
Segundo a governante, foram realizados pequenos investimentos em equipamentos de segurança e raio-x para reforçar a capacidade das obras de embarque e foram implementadas medidas para impedir o cruzamento de passageiros e “levá-los para as zonas de rastreio com o maior conforto possível e da forma mais célere possível”.
“O que houve foi uma readaptação da infraestrutura, com vista a aumentar a sua capacidade de embarque e também no interior, no sentido de disciplinar os fluxos dos passageiros, para que não haja o cruzamento das ligações ao exterior da região com o interilhas, que têm regras absolutamente diferentes”, frisou.
Questionada sobre as obras no terminal de cargas da Aerogare das Lajes, com data de conclusão prevista para junho deste ano, Ana Cunha disse que a obra estava “a decorrer bem” e que teve uma “pequena prorrogação” do prazo de conclusão devido à pandemia.
“A obra nunca parou, mas sofreu alguns atrasos e, a pedido do empreiteiro, foi concedida uma prorrogação da obra para o final do mês de agosto deste ano”, adiantou.