“Neste momento já estão assinados os contratos [com a Ryanair]. Está a ser feita uma recalendarização do plano de ações, dado o contexto que se vive neste momento, de pandemia. Tal acontece quer para o Reino Unido como para a Alemanha”, declarou Marta Guerreiro aos jornalistas, à margem dos trabalhos do parlamento regional, na cidade da Horta, ilha do Faial.
A titular da pasta do Turismo considerou que o Reino Unido e a Alemanha “são dois mercados importantes” para os Açores, sendo que “esta relação com a Ryanair permite garantir fluxos turísticos no futuro quer para Ponta Delgada, quer para a Terceira”.
Marta Guerreiro adiantou que estão previstos dois voos semanais de Londres para os Açores, sendo que, na época alta, serão três, dois para Ponta Delgada e um para a Terceira.
A secretária regional anunciou ainda que a operadora vai manter os voos entre o continente e a região autónoma, pondo assim fim à especulação de que terminaria a rota com a Terceira.
“Fruto dos trabalhos desenvolvidos com o Governo da República e com o Turismo de Portugal, foi possível manter as condições, no âmbito do Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira e do cenário de pandemia, para que a Ryanair continue a operar da Terceira para o continente, seis vezes por semana, como operava antes, quatro vezes para Lisboa e duas para o Porto”, afirmou.
Marta Guerreiro disse que estão já disponíveis os voos para marcação, a partir de janeiro, no sítio da operadora de baixo custo, considerando que as suas ligações com aquela ilha “têm tido, de facto, um impacto importante no desenvolvimento económico”.
Em 25 de agosto, quando surgiram informações de que a Ryanair pretendia abandonar as ligações para a Terceira, a governante disse que o cancelamento de rotas daquela companhia aérea para os Açores era “mera especulação”.
Na altura, Marta Guerreiro assinalou que a Ryanair “apenas” comunicou ao Governo Regional um “acerto” no “número de voos” em algumas rotas nos meses de setembro e outubro”.
“Apenas isso foi-nos dado nota. Não temos indicações nenhumas de mais nada. Tudo o resto é mera especulação”, declarou.
Questionada pelos jornalistas, a responsável não quis comentar a decisão da Ryanair de apresentar uma queixa judicial junto do Tribunal Europeu contra a SATA por considerar que a companhia açoriana teve ajudas do Estado.
C/Lusa