Há pelo menos 8.000 crianças e 6.200 mulheres entre os mortos, precisou o serviço de imprensa do executivo do Hamas, desde 2007 no poder em Gaza, num comunicado, acrescentando que há também 52.600 feridos.
Israel declarou uma guerra para destruir o Hamas, em retaliação ao ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado, em 1948, perpetrado a 07 de outubro pelo grupo em território israelita, que fez 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.
Cerca de 250 pessoas foram também sequestradas nesse dia e levadas para Gaza, 129 das quais se encontram ainda em cativeiro, segundo Israel.
Apesar dos múltiplos apelos para poupar os civis, os bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza prosseguem, assim como os combates no terreno, após a deslocação forçada de 1,9 milhões de civis e enquanto metade da população civil daquele enclave palestiniano sobrepovoado e pobre sofre de fome extrema ou severa, segundo a ONU.
Negociada pelo Qatar, pelo Egito e pelos Estados Unidos, uma pausa de sete dias na guerra, no final de novembro, permitiu a libertação de 105 reféns e de 240 palestinianos encarcerados nas prisões israelitas, bem como a entrada de colunas de ajuda humanitária no pequeno território que se encontra sob cerco total de Israel desde 09 de outubro.
Após o recomeço dos combates, a 01 de dezembro, intensificaram-se as pressões internacionais no sentido de obter uma nova trégua para permitir a libertação de mais reféns e a entrada no território de mais ajuda humanitária.
Mas Israel exclui qualquer cessar-fogo enquanto o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, não for “eliminado”.
“Vamos continuar a guerra até ao fim. Ela prosseguirá até à eliminação do Hamas, até à vitória. Aqueles que pensam que vamos parar estão desligados da realidade”, repetiu hoje o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, num vídeo divulgado pelo seu gabinete.
Lusa