"Iremos recuperar alguns currais, que são infraestruturas que se encontram em zonas florestais e que eram utilizadas para as tosquias, uma atividade que faz parte da nossa cultura e da tradição", explicou Manuel Filipe, na sequência de uma reunião sobre o desenvolvimento do projeto Custódia do Território e Ecoturismo da Macaronésia, que decorreu no Funchal.
O projeto é financiado pela União Europeia e envolve parceiros da Madeira, Açores e Canárias, nomeadamente o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, a Direção Regional do Ambiente do Governo Regional dos Açores e a Reserva Mundial da Biosfera de La Palma.
"As três regiões começam a dar os primeiros passos nestas áreas e o objetivo do projeto é cimentar sinergias e estabelecer metodologias semelhantes", disse Manuel Filipe, vincando que o projeto tem um prazo de execução de dois anos, sendo que a Madeira dispõe de 120 mil euros para investimentos no âmbito do ecoturismo e da custódia do território.
O responsável explicou que a custódia do território é um "conceito novo" que consiste num contrato entre instituições e privados, uns que são responsáveis pela gestão do território e outros que usufruam desse mesmo território, no sentido de "aumentar a conservação da natureza e a biodiversidade", e simultaneamente proporcionar mais oferta turística.
LUSA