Uma nota divulgada pelo gabinete do chefe do executivo madeirense, o social-democrata Miguel Albuquerque, menciona que Ricardo Camacho tinha 64 anos e morreu hoje “na Bélgica, vítima de um cancro do pulmão com o qual vinha lutando há já algum tempo”.
Também lembra que “desde os sete anos de idade mostrou uma intensa vocação musical, tendo feito a sua formação musical em solfejo e violino na então Academia de Música da Madeira”, e na adolescência começou a tocar guitarra elétrica e criou “uma banda na Região”.
O Governo Regional menciona que quando tinha 17 anos foi para Lisboa estudar medicina, mas continuou ligado à música, “a sua outra grande vocação, aproveitando então para melhorar a sua formação musical ao mesmo tempo que vai colaborando na Rádio Comercial, onde foi realizador de programas como Rock Em Stock, de Luís Filipe Barros, ou Mão na Música".
Ricardo Camacho ficou mais conhecido por ter fundado a banda Sétima Legião, na qual era teclista, nos anos 80.
“Foi ainda um dos fundadores da editora Fundação Atlântica, com Pedro Ayres Magalhães e Miguel Esteves Cardoso”, aponta o executivo madeirense, tendo produzido vários discos com cantores portugueses como António Variações, os GNR, os UHF e Diva.
“Se a sua carreira de músico foi intensa e profícua, a de médico não o foi menos, antes pelo contrário”, destaca o executivo insular.
Enuncia que como médico “passou por vários hospitais, como o Instituto Português de Oncologia, na unidade de transplantes de medula, na oncologia pediátrica”.
“Mas, é o seu trabalho no Hospital Egas Moniz, onde se vinha dedicando à investigação da Sida, que o fez ser conhecido e considerado um dos maiores investigadores na área, não só a nível nacional como europeu”, sublinha.
O Governo da Madeira realça que “o trabalho desenvolvido enquanto imuno-hemoterapeuta no Egas Moniz, na área do serviço de sangue e medicina transfusional, é, de facto, referência nos meios científicos”.
LUSA