“Pela primeira vez, a Madeira contratou, desencadeando sozinha o concurso público para a presença de um meio aéreo de combate a incêndios florestais/rurais na região”, disse o secretário regional da Saúde e Proteção Civil à agência Lusa.
O helicóptero da Heliportugal, empresa que venceu o concurso está na Madeira desde 01 de junho, tendo “chegado 15 dias antes do arranque do Programa Operacional de Combate a Incêndios Florestais (POCIF)”, adiantou Pedro Ramos, salientando que este é “o terceiro ano consecutivo que a região conta com o apoio do meio aéreo” para combate a fogos.
O governante insular destacou que o Governo Regional da Madeira, continua a ser a entidade que suporta a despesa da presença do meio aéreo de combate a incêndios florestais, enquanto nas restantes regiões é uma responsabilidade da República.
O responsável recordou que, em 2019, o executivo regional teve de prolongar o prazo da permanência do helicóptero no arquipélago devido a previsões das difíceis condições atmosféricas, nomeadamente de tempo quente e elevados índices de humidade.
Por isso, este ano, o contrato já estabeleceu o prazo de presença do helicóptero na região, “no período de 15 de junho a 30 de novembro”, representando “um investimento do Governo Regional de 400 mil euros”.
Pedro Ramos realçou o facto de o concurso público ter escolhido a empresa que apresentou o “custo mais baixo”, representando um investimento “mais barato” para a Madeira, tendo a região investido 1,2 milhões de euros para ter o meio aéreo em 2019.
Por esta razão, desvalorizou a participação que deu entrada no Tribunal Administrativo Fiscal do Funchal apresentada pela HTA Helicópteros contra a Heliportugal.
“O meio aéreo tem sido uma mais valia para a Madeira nos últimos anos”, vincou o secretário regional de Saúde e Proteção Civil.
Neste momento, o helicóptero ainda está no porto do Caniçal, mas será transferido para as instalações do Serviço Regional da Proteção Civil e Bombeiros da Madeira, onde ficará sediado no período de vigência do POCIF.
Em 2019, a unidade helitransportada efetuou na região, entre 15 de junho e 15 de novembro, um total de 46 missões, que representaram mais de 65 horas de voo e se traduziram em 395 descargas, informou o governo madeirense.