"Existem grandes oportunidades em estabelecer parcerias de negócios com estes países, aproveitando o ‘know-how’ e a experiência e o sucesso das nossas comunidades", salientou Miguel Albuquerque, no final de uma visita de três dias que incluiu o festival da Flor do Free State, uma das nove províncias da África do Sul, que conta há três anos com a ajuda da Madeira.
Posição assumida por alguns dos empresários que o acompanharam nesta terceira visita à África do Sul, caso do administrador da empresa Tecnovia, Frederico Rezende, que realçava o apoio das entidades e da banca nacional.
"O Governo está a fazer o seu trabalho e temos sentido também por parte da banca algum apoio para a internacionalização das empresas. Mas se não se fizer um esforço conjunto entre as empresas, a banca e o governo de certeza absoluta que não sairíamos vitoriosos e o que estava a faltar era o apoio das entidades oficiais, neste caso do governo regional da Madeira", afirmou.
O processo eleitoral que acontece na África do Sul em maio de 2019 não passa despercebido ao administrador da ACIN, Luís Sousa, empresa tecnológica com sede na Ribeira Brava, na Madeira.
"O processo de internacionalização das empresas é sempre um processo complicado e demorado. Nós não podemos pensar que podemos fazer tudo num ano", disse, recordando que depois da fase eleitoral tudo o que tem sido trabalhado "sairá do papel".
Para o administrador da empresa Socicorreia, Custódio Correia, que opera na área do imobiliário, estas iniciativas permitem um contacto mais próximo dando outra credibilidade.
"Apenas com um contacto individual seria muito difícil fazer aquilo que se faz em três ou quatro dias, se calhar precisaríamos de três ou quatro meses", afirmou.
No último dia de visita Miguel Albuquerque fez questão de juntar no Núcleo de Arte e Cultura, em Joanesburgo, cerca de 450 portugueses para um almoço.
"Fiz questão de convidar para um almoço a nossa comunidade e estão aqui representantes de todos os clubes e associações, no fundo a nossa comunidade de Joanesburgo e Pretória está largamente representada", disse.
Considerou ainda "ser importante manter o contacto com as comunidades e, sobretudo, tentar manter a ligação da segundas e terceiras gerações".
C/ LUSA