Os 800 candidatos a técnicos superiores aprovados correspondem a menos 200 do que previa o aviso de abertura do concurso lançado há um ano, em julho de 2019. Por esse motivo, o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública anunciou em comunicado que vai lançar em agosto uma segunda fase do recrutamento centralizado, para seleção do remanescente.
“Para completar a constituição da reserva de 1.000 técnicos superiores, e assim que estejam concluídas as audiências prévias e homologada a lista de ordenação final, o Governo vai lançar uma segunda fase do recrutamento centralizado (procedimento consequente) para a seleção do remanescente dos técnicos superiores, o que acontecerá em agosto”, refere o Ministério da Administração Pública.
Na nota não são adiantados os motivos que levaram a que o número de selecionados fosse inferior ao do objetivo da bolsa de recrutamento, mas o gabinete de Alexandra Leitão assinala que todos os que se candidataram à primeira fase e tenham sido admitidos às provas de conhecimento “consideram-se a concurso desde que manifestem interesse nisso”.
O concurso será aberto a todas as pessoas que cumpram os requisitos, mediante a submissão de candidatura.
Relativamente aos 800 selecionados correspondem ao “número de candidatos aprovado, através de um processo exigente constituído por provas de conhecimentos e provas de aptidão psicológicas”, sendo que agora terá ainda de decorrer a fase de audiência prévia por parte dos interessados.
À agência Lusa, o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública precisou que os 800 candidatos agora selecionados ficam na bolsa de técnicos superiores a partir do momento em que as listas de ordenação final forem homologadas, “o que deverá acontecer em agosto”. Após este passo, inicia-se o processo de colocação dos candidatos nos vários serviços.
No aviso do concurso lançado há um ano, o Governo assinalou a intenção de criar uma reserva de recrutamento para a carreira geral de técnico superior em diferentes áreas, nomeadamente, jurídica; económico-financeira; planeamento, controlo e avaliação; relações internacionais e ciência política; e estatística.
Estas áreas, sublinha o Ministério de Alexandra Leitão tinham sido previamente identificadas como aquelas em que havia maior necessidade de reforço.
“Os trabalhadores serão colocados nos vários serviços após a realização de entrevistas e a publicação da lista de colocação da oferta, que contém os candidatos colocados e os não colocados em cada um dos órgãos ou serviços”, precisa a mesma fonte.
O concurso esteve aberto durante 15 dias úteis, tendo recebido quase 20 mil candidaturas, de acordo com dados preliminares do Ministério das Finanças (que à data tinha a tutela da administração pública).
Daquele total cerca de 16.000 candidatos realizaram as provas de conhecimento, gerais e específicas.
Há cerca de um mês, no final de uma ronda negocial com os sindicatos da função pública, a ministra Alexandra Leitão, referiu que esta bolsa de técnicos superiores vai ajudar a suprir as saídas da função pública previstas para 2020.
No Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), o Governo inscreve a intenção de rejuvenescer a administração pública através de “recrutamento centralizado de técnicos superiores, de acordo com um plano de entradas e saídas na Administração Pública baseado na regra “1 para 1”, tendo em conta a previsão de aposentações”.
C/Lusa