“A cerimónia fúnebre de Alexei terá lugar na igreja (…) de Marino, no dia 1 de março, às 14h00 [11h00 em Lisboa]”, informou a equipa do dissidente nas redes sociais.
“O funeral terá lugar no cemitério de Borisovsski”, no sudeste da capital, acrescentaram os colaboradores de Navalny.
A morte de Navalny, aos 47 anos, foi anunciada pelos serviços prisionais russos em 16 de fevereiro, quando cumpria uma pena de 19 anos de prisão numa colónia penal no Ártico.
Alexei Anatolievitch Navalny era o principal opositor do regime do Presidente russo, Vladimir Putin.
Segundo Ivan Jdanov, um dos colaboradores mais próximos do líder da oposição, o funeral decorrerá a cerca de 20 quilómetros das muralhas vermelhas do Kremlin (presidência russa).
Desde a entrega do corpo à mãe, no sábado passado, os colaboradores de Navalny procuravam um local para uma “despedida pública”, mas todos os pedidos foram recusados, segundo disse a equipa do dissidente.
As autoridades receavam que o funeral pudesse atrair um grande número de apoiantes de Navalny e constituir um embaraço para Putin, que se prepara para ser eleito novamente nas presidenciais de 15, 16 e 17 de março.
“Em todo o lado, recusaram dar-nos qualquer coisa. Nalguns locais, disseram-nos que era proibido”, disse Jdanov nas redes sociais, acusando o Kremlin e o presidente da Câmara de Moscovo, Serguei Sobyanin, amigo íntimo de Putin.
O Presidente russo, que deverá dirigir-se à Assembleia Federal na quinta-feira para o discurso anual à nação, ainda não reagiu à morte do seu principal crítico.
Navalny sobreviveu por pouco a um envenenamento em 2020, que atribuiu ao Kremlin, que sempre negou qualquer envolvimento.
As circunstâncias da morte de Alexei Navalny na prisão, que causou comoção em todo o mundo, ainda não são claras.
De acordo com os serviços prisionais russos, Navalny morreu de doença súbita “após um passeio”.
Os apoiantes e muitos líderes ocidentais responsabilizaram Putin pela morte de Navalny.
Lusa