Em Paris, a temperatura máxima chegou hoje aos 41 graus centígrados (41ºC), obrigando moradores e turistas a procurar parques e áreas com sombra e água na capital francesa.
A temperatura registada é superior em 5ºC à média máxima habitual em julho e está perto do recorde de 42,9ºC que foi atingido durante uma vaga de calor em 2019.
A capital francesa está em alerta laranja, o que significa uma situação de grande perigo de incêndios, como, aliás, a maior parte do país, devido às altas temperaturas que têm sido sentidas desde segunda-feira.
Noutras regiões do país, as temperaturas já bateram níveis recordes, levando as autoridades municipais a emitir avisos e a impor uma série de medidas para prevenir riscos entre a população.
Os Jardins do Palácio Real e a margem do rio Sena, em Paris, onde estão localizadas as chamadas “praias” da capital, tornaram-se um refúgio de sombra para quem tenta fugir do sol escaldante nas horas mais quentes do dia.
As previsões apontam para um alívio do calor a partir de quarta-feira, na sequência de uma massa de ar fria e uma frente de tempestade que reduzirá a temperatura máxima para 26ºC, segundo a Météo France.
A onda de calor na Europa começou no sul do continente, com particular incidência em Portugal e Espanha, durante a semana passada, tendo esta semana progredido para o centro europeu.
A última noite no Reino Unido foi a mais quente de sempre naquele país, acostumado a um clima ameno e de chuva.
Segundo avançou a agência meteorológica do Reino Unido, a Met Office, as máximas de hoje vão atingir níveis “sem precedentes”, com a temperatura subir até aos 40ºC ou mesmo 41ºC em pontos isolados de Inglaterra.
As temperaturas médias de julho no Reino Unido variam entre 21ºC durante o dia e 12ºC à noite, pelo que poucas casas e quase nenhuma das pequenas empresas têm ar condicionado.
Especialistas em clima alertam que o aquecimento global aumentou a frequência de eventos climáticos extremos, com estudos a mostrarem que a probabilidade de as temperaturas no Reino Unido atingirem 40ºC é, atualmente, 10 vezes maior do que na era pré-industrial.
A seca e as ondas de calor ligadas às mudanças climáticas também tornaram os incêndios florestais mais difíceis de combater.
Na região de Gironda, no sudoeste da França, incêndios florestais de grande intensidade e violência continuam a propagar-se por grandes áreas, dificultando os esforços de combate dos meios aéreos e dos mais de 2.000 bombeiros destacados no terreno, segundo relatam as agências internacionais.
Dezenas de milhares de pessoas foram retiradas de casas e de locais de férias desde que os incêndios começaram.
Lusa