"A atividade económica teve um comportamento melhor do que o anteriormente antecipado no segundo semestre do ano, com um crescimento de 5,1% face ao primeiro semestre", assinalam as Finanças num comunicado hoje enviado às redações para comentar a queda do PIB de 7,6% em 2020.
No documento, o gabinete do ministro João Leão destaca também que, "apesar da queda acentuada do PIB, a evolução reflete uma melhoria face à previsão apresentada pelo Governo no Orçamento do Estado para 2021 (8,5%)".
As Finanças assinalam igualmente que "a contração do PIB na zona euro foi igualmente muito acentuada, de 6,8%, tendo atingindo particularmente os países onde o setor do turismo tem mais peso, tais como Espanha (11%), Itália (8,8%) e França (8,3%)", que registaram quedas acima da portuguesa.
Na segunda metade do ano "as compras e os levantamentos por Multibanco, por exemplo, aumentaram 20,3% no 2.º semestre face ao 1.º" e "também o consumo de eletricidade teve um comportamento favorável, com um aumento de 1,2% no mês de dezembro", assinalam as Finanças.
De acordo com o gabinete de João Leão, o dinamismo da atividade económica na segunda metade do ano "teve igualmente efeitos positivos na receita fiscal", que deverá "ficar substancialmente acima do previsto quer no Orçamento Suplementar de junho quer no Orçamento do Estado para 2021", com o IRS a subir apesar da pandemia.
As Finanças antecipam ainda que "o novo confinamento generalizado, decretado no início do 2021, terá efeitos negativos na atividade económica nos primeiros meses do ano", algo que implicará "uma evolução anual menos favorável do que anteriormente antecipado".
O PIB português contraiu 7,6% em 2020, após uma contração de 5,9% no quarto trimestre, de acordo com uma estimativa rápida divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
C/Lusa