“O inquérito de janeiro, mensalmente realizado pela AHRESP, evidencia contínuos despedimentos e empresas no limite da sua sobrevivência”, afirmou a associação, dando conta de que as 1.042 respostas válidas obtidas junto das empresas inquiridas revelaram que “56% das empresas registaram perdas acima dos 90%”, no setor do alojamento turístico.
Consequentemente, 26% das empresas disseram que não conseguiram pagar os salários em janeiro e 8% só o fez parcialmente.
O inquérito concluiu também que 31% das empresas estão com a atividade suspensa e, das empresas de alojamento turístico em funcionamento, em janeiro, 42% não registou qualquer ocupação e 32% indicou uma ocupação até 10%.
Segundo a AHRESP, “para o mês de fevereiro, 65% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero e 19% das empresas perspetivam uma ocupação máxima de 10%”.
“À data de preenchimento do inquérito, apenas 12% das empresas indicaram ter reservas para o período da Páscoa”, acrescentou a associação.
Neste contexto, 16% das empresas ponderam avançar para insolvência “por não conseguirem suportar todos os normais encargos da sua atividade”, concluiu o inquérito.
Relativamente aos postos de trabalho, 28% das empresas disseram já ter despedido trabalhadores desde o início da pandemia e, destas, 34% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo.
Das empresas inquiridas, 8% assumiram que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do primeiro trimestre de 2021.
C/Lusa