"Estamos a começar a implementar essa nova política em países onde vemos exemplos em que a desinformação levou à violência", disse a gestora de produtos do Facebook, Tessa Lyons, citando o caso do Sri Lanka, em declarações aos jornalistas na sede da empresa no oeste da Califórnia.
A rede social pode remover, por exemplo, conteúdo impreciso ou enganoso, como fotos falsas, criadas ou compartilhadas para contribuir ou exacerbar a violência física.
O Facebook contará com a ajuda de organizações locais ou agências especializadas para determinar se essas publicações podem causar violência iminente e que, portanto, justifiquem a sua remoção.
Discursos de ódio e apelos diretos à violência já violam as regras do Facebook. A nova política é examinar e remover outro tipo de conteúdo, menos explicitamente violento, mas que ainda assim sejam suscetíveis de potenciar conflitos.
Tessa Lyons acrescentou que essa mudança na política do Facebook seria colocada em prática gradualmente nos próximos meses.
Também na quarta-feira, o sítio de notícias de tecnologia e ‘media’ digital Recode publicou uma entrevista com o CEO do Facebook, na qual Mark Zuckerberg defende que apesar de achar que a negação do Holocausto é "profundamente ofensiva", não acredita que tal conteúdo deva ser banido da rede social.
As declarações provocaram críticas, inclusive da Liga Anti-Difamação, que afirmou em comunicado que o Facebook tem uma "obrigação moral e ética" de não permitir que as pessoas divulguem a negação do Holocausto na sua plataforma.
Zuckerberg, que é judeu, disse que o conteúdo ofensivo não tem que ser necessariamente proibido, a menos que seja para planear danos ou atacar alguém.
LUSA