Como resultado do fogo de artilharia russo, as instalações da refinaria ficaram a arder e existe risco de explosão, segundo afirmou a procuradora e comissária dos Direitos Humanos do Parlamento ucraniano, Lyudmyla Denisova, numa mensagem através das redes sociais.
Denisova, que fez acompanhar a publicação com uma fotografia que mostrava um incêndio numas instalações industriais, indicou que não é possível extinguir o incêndio porque os ataques russos ainda continuam.
A procuradora assinalou que as forças de Moscovo têm visado as infraestruturas de processamento de petróleo desde o início da guerra.
“Juntamente com as perdas humanas, a destruição da infraestrutura e a redução das capacidades de defesa do nosso país, a destruição de reservas de petróleo é gravíssima para o meio ambiente. A combustão de produtos petrolíferos liberta carcinogéneos e substâncias no ar que podem afetar significativamente a saúde humana e o ambiente”, apontou.
No dia 06 de abril, as forças russas bombardearam uma instalação petrolífera em Novomorskovsk, no centro da Ucrânia, tornando-a inoperacional.
A que era a maior refinaria do país, situada em Kremenchunk, também no centro do país, foi completamente destruída no início do mês passado.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.