"Em parceria com a Colômbia, este pacote inicial e imediato de 2,5 milhões de dólares (cerca de dois milhões de euros) destina-se a fornecer ajuda alimentar e sanitária de emergência aos venezuelanos em situação de vulnerabilidade e às comunidades colombianas que estão a acolhê-los”, declarou o administrador Mark Green, citado em comunicado do Departamento de Estado norte-americano.
O responsável explicou que o afluxo de “centenas de milhares de venezuelanos está a sobrecarregar os serviços médicos e sociais das comunidades fronteiriças da Colômbia e de outras em todo o hemisfério ocidental”.
“Lamentavelmente, esta crise na Venezuela, que está agora a alastrar a uma região mais ampla, é de origem humana: é o resultado da má gestão e corrupção política continuadas do regime de [Nicolás] Maduro”, sustentou.
“Mesmo estando as pessoas a sofrer diariamente com fome, ausência de bens básicos e doenças evitáveis, o regime de Maduro continua a negar liberdades fundamentais e acesso a bens de primeira necessidade ao povo da Venezuela”, prosseguiu Mark Green, sublinhando que “essas políticas desumanas e delirantes do regime de Maduro agravaram uma crise humanitária que poderia ter sido evitada”.
O administrador da ajuda humanitária norte-americana indicou ainda que “os Estados Unidos vão continuar a apoiar o povo da Venezuela”.
“Orgulhamo-nos de nos aliarmos à Colômbia, à Organização Pan-Americana da Saúde e ao Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas para ajudar a amenizar o sofrimento das pessoas e das comunidades afetadas por esta situação humanitária em deterioração”, concluiu.
Estimativas das autoridades colombianas indicam que nos últimos anos entraram no país cerca de 500.000 cidadãos venezuelanos.
Estes números coincidem com os dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), segundo os quais a migração dos venezuelanos para alguns países sul-americanos, nomeadamente Chile, Colômbia, Brasil e Peru, se multiplicou 10 a 15 vezes entre 2015 e 2017.
LUSA