Em declarações à cadeia televisiva Fox, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, observou que está, em conjunto com o Presidente Donald Trump, a "levar a sério essa possibilidade".
A Índia tomou aquela decisão, na semana passada, por considerar a aplicação "prejudicial à soberania e à integridade" do país, alegando que é usada para "roubar e transmitir clandestinamente e sem autorização dados dos utilizadores para servidores localizados fora da Índia".
A Austrália está a considerar adotar a mesma medida.
"Estamos a levar muito a sério e a analisar essa possibilidade", reiterou Pompeo.
O secretário de Estado norte-americano recusou-se a entrar em mais detalhes sobre o assunto, apontando que não queria "adiantar-se" a um possível anúncio presidencial.
Mike Pompeo alertou os cidadãos norte-americanos a serem cautelosos no uso do TikTok, caso não queiram que as suas informações privadas caiam "nas mãos do Partido Comunista Chinês".
O TikTok é uma aplicação de partilha de vídeos que pertence à empresa ByteDance, com sede em Pequim.
A China é a maior defensora do conceito de "soberania do ciberespaço", pelo que exclui vários órgãos de comunicação ou portais estrangeiros, incluindo Facebook, Twitter ou Instagram, da rede chinesa, a maior do mundo, com cerca de 710 milhões de utilizadores.
O TikTok tinha 800 milhões de usuários, em janeiro passado, em todo o mundo.
A plataforma tem frequentemente de se defender devido aos seus vínculos com a China, onde a ByteDance tem uma aplicação semelhante, sob outro nome, negando que compartilha dados de usuários com as autoridades chinesas e que negaria solicitações nesse sentido.