O responsável pelo principal órgão de governo próprio da Região autónoma manifestou a sua preocupação com o aproximar da “época dos fogos florestais”, vincando que “devia ser o Orçamento do Estado a pagar o meio aéreo de combate aos fogos florestais e socorro” na Madeira.
No entender de José Manuel Rodrigues (CDS-PP), é “inaceitável que seja a Região Autónoma da Madeira a pagar” o helicóptero, que entra ao serviço em 15 de junho para dar cumprimento ao Programa Operacional de Combate a Incêndios Florestais (POCIF).
O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira argumentou que o helicóptero “visa, sobretudo, defender o território regional, os bens das populações e também a saúde das pessoas”.
Complementou que um dos objetivos deste meio aéreo é também “defender a floresta Laurissilva, que é Património da Humanidade, dar socorro a pessoas em perigo”, argumentando que esta “não é apenas uma tarefa da Região, mas é uma tarefa e uma incumbência do Estado”.
O Presidente do parlamento insular, recordando que hoje é o Dia Mundial do Ambiente, mencionou que as alterações climáticas estão a provocar cada vez mais “situações extremas”.
Por isso, sublinhou, é necessário “ter bons meios de proteção civil”, considerando que a Madeira está dotada de recursos “em quantidade e com excelente qualidade” nesta área.
Também o secretário regional da Saúde e Proteção Civil da Madeira mencionou hoje à agência Lusa que o helicóptero para combate a incêndios florestais e operações de socorro em montanhas já está no arquipélago desde 01 de junho.
Pedro Ramos referiu que este é o terceiro ano em que a Região dispõe de um meio aéreo, sendo o primeiro ano que o Governo Regional garante este recurso com base num concurso público próprio no valor de 400 mil euros. O helicóptero vai permanecer na Madeira de 15 de junho a 15 de novembro.
A presença e atuação do helicóptero, ao contrário do que acontece com outros meios contratados no território continental, é suportado totalmente pelo orçamento regional.
O governo madeirense vai afetar outros 600 mil euros em recursos humanos no âmbito do Programa Operacional de Combate a Incêndios Florestais.
Neste momento, o meio aéreo, que chegou via marítima a 01 de junho à Região, ainda está na zona do porto do Caniçal, devendo ser transferido nos dias 09 ou 10 para a sede da Proteção Civil da Região, para efetuar os testes e estar operacional a partir de 15 de junho, referiu o secretário regional com a tutela.
C/Lusa