“Nas próximas horas, uma equipa de 53 elementos da Autoridade Nacional de Emergência de Proteção Civil, por elementos da UEPS (Unidade de Emergência de Proteção e Socorro) da Guarda Nacional Republicana e também por elementos da emergência médica, sairá do nosso país para se juntar aos esforços europeus de cariz humanitário de proteção civil e, muito particularmente no caso do apoio português, no âmbito da busca e do salvamento”, disse hoje o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, à margem de um encontro com autarcas da região Centro em Coimbra.
Em declarações aos jornalistas na mesma ocasião, o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Duarte da Costa, explicou tratar-se de uma força conjunta com elementos da estrutura da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), elementos da UEPS da GNR, unidades do Regimento de Sapadores Bombeiros e uma equipa de intervenção médica do INEM para a segurança da própria força.
“Estamos a prever sair amanhã durante o dia. Já foram encontradas, em parceria com o Mecanismo Europeu, as metodologias que são necessárias para meter a força na Turquia, conjuntamente com outros esforços europeus e outras forças europeias que neste momento se estão a preparar”, explicou.
A previsão é que a missão seja de 10 a 15 dias, mas poderá ser estendida, consoante aquilo que a equipa encontrar no terreno e em função da política externa portuguesa, acrescentou o responsável.
Duarte da Costa disse que não se sabe ainda qual será o local exato em que a equipa portuguesa irá atuar, mas explicou que os pormenores estão a ser acertados com as autoridades da Turquia.
Além dos 53 elementos, Portugal enviará também equipamento de busca e salvamento, mas não equipamento pesado.
O presidente da ANEPC referiu ainda que uma equipa de 150 operacionais está preparada para partir para o Chile para ajudar a combater os incêndios no país, sublinhando que será “uma situação inédita” Portugal ter duas forças destacadas fora do território nacional.
O balanço provisório dos sismos ocorridos na segunda-feira na Turquia e na Síria aumentou para mais de cinco mil mortos, enquanto decorrem as operações de resgate nos escombros dos edifícios destruídos nos dois países.
Os abalos, o maior dos quais com magnitude 7,8 na escala de Richter, derrubaram milhares de edifícios no sul da Turquia e no norte da Síria.
As equipas de socorro mantêm-se nos locais afetados, com os trabalhos dificultados pelas baixas temperaturas que se registam na região.