De acordo com a nota hoje distribuída pela secretaria da Saúde madeirense, que tutela a Proteção Civil no arquipélago, a preparação dos formandos na região é da responsabilidade da Força Especial de Bombeiros, que fez deslocar para a ilha na semana passada seis elementos.

A futura equipa helitransportada vai “treinar os procedimentos de segurança, em voo e em terra, dentro e fora da aeronave”, adianta o mesmo documento.

Também salienta que o helicóptero vai integrar o Plano Operacional de Combate a Incêndios 2018, que está em vigor entre 15 de junho e 15 de outubro.

Segundo a secretaria da Saúde, o aparelho “chegará à região no próximo dia 11 de junho” e a “base deste meio aéreo fica localizada na sede do Serviço Regional de Proteção Civil”, um espaço que foi criado e está concluído.

A mesma nota informativa menciona que “este meio aéreo permite o embarque de equipas/brigadas helitransportadas para apoio à consolidação do trabalho aéreo”, sendo estas compostas por “cinco operacionais especializados em intervenção imediata em incêndios florestais”.

O início da formação contou com a presença do secretário regional da Saúde madeirense, Pedro Ramos, que afirmou que este é “mais um compromisso para com a população que o Governo [Regional] cumpre com elevada responsabilidade, rigor, na defesa da vida humana e dos seus bens”.

“Entendemos a segurança da população como o pilar da nossa ação política e do desenvolvimento de uma região insular como a nossa”, disse o governante regional.

A utilização de meios aéreos no combate a incêndios na Madeira foi durante muito tempo um tema polémico, existindo vários estudos contraditórios sobre a sua viabilidade.

Depois dos incêndios que verificados no verão de 2016 na Madeira, que provocaram três mortos, um ferido grave e danos materiais avaliados em 157 milhões de euros, o presidente do executivo madeirense, o social-democrata Miguel Albuquerque, anunciou que iria pedir um parecer técnico sobre esta matéria.

Foram efetuados testes e em dezembro de 2017 o Conselho de Ministros autorizou a abertura de um concurso que permitiu o aluguer de meios aéreos, um dos quais afeto à Madeira.

LUSA