A reação da AEEP surge a propósito da aprovação, em Conselho de Ministros eletrónico, de uma resolução que permite às escolas públicas e ao setor solidário efetuar despesas na realização de testes rápidos de antigénio à covid-19.
"Desta forma, o Governo pretende preparar a reabertura gradual e sustentada das atividades presenciais, dando continuidade à implementação da Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2 2020", explicou o Governo.
A AEEP considerou, num comunicado enviado à agência Lusa, que o ensino privado não pode ficar de fora dos testes rápidos, e disse que a se a medida não for complementada “cria uma discriminação inaceitável”.
“A saúde das crianças e jovens que frequentam o ensino privado não tem o mesmo valor e dignidade que a dos que frequentam o ensino estatal?”, questionou a associação.
Em declarações à Lusa, o diretor executivo da AEEP, Rodrigo Queiroz e Melo, afirmou que ficou surpreendido com a decisão do Governo, uma vez que o vírus “não distingue as pessoas em função da sua opção educativa”.
“Numa situação de grave pandemia, que obriga até a estados de emergência, não compreendemos que possa haver uma distinção entre professores e alunos do público e do privado”, referiu, acrescentando que as crianças e jovens que frequentam o ensino privado “têm de ter exatamente a mesma proteção de saúde”.