O Largo do Município encontra-se esta tarde repleto, com bandeiras da Venezuela esvoaçando entre os manifestantes e palavras de ordem contra o governo de Maduro, país onde reside uma das maiores comunidades madeirenses.
"Queremos mostrar ao mundo o que está a acontecer na Venezuela, também a partir deste ponto pequenino que é a ilha da Madeira", afirmou Lídia Albornoz, ex-emigrante de 50 anos, que regressou à região há duas décadas.
A crise económica e social no país motivou já o regresso à região autónoma de mais de 6.000 emigrantes madeirenses desde 2016 e as previsões apontam para que o número continue a aumentar.
"Desafiamos todos os venezuelanos espalhados pelo mundo, sobretudo na Europa, a organizarem sempre manifestações, para colocar a situação nas bocas do mundo", disse Lídia Albornoz, vincando que "tem de ser assim, não podemos deixar tudo como está, porque o povo venezuelano vai continuar a sofrer".
A manifestação do Funchal presta também apoio ao presidente da Assembleia Nacional e opositor do governo, Juan Guaidó.
"Juan Guaidó é um jovem e as pessoas estão a ver nele o futuro Presidente da Venezuela. Ele é o único que pode convocar eleições livres", afirmou Lídia Albornoz.
O protesto assinala também o golpe de Estado de 23 de janeiro de 1958, que pôs fim a ditadura do general Marcos Perez Jiménez e marcou o início do processo democrático na Venezuela.
C/LUSA