Eduardo Cabrita apresentou a candidatura em julho após a publicação, a 21 de junho, no jornal oficial da União Europeia de uma vaga para o cargo de diretor executivo da Frontex.
O concurso ainda está a decorrer e a decisão está a cargo da Comissão Europeia, que deverá ser tomada até ao final do ano.
A notícia da candidatura foi avançada pela Rádio Renascença, que indicou que a candidatura foi entregue em Bruxelas em julho pelo próprio ex-ministro da Administração Interna e o Governo foi de imediato informado desta intenção.
Segundo a Renascença, o processo de seleção começou em abril e, ao todo, houve 78 candidaturas internacionais apresentadas.
A Frontex está desde abril sem diretor, altura em que o francês Fabrice Leggeri se demitiu do cargo após a conclusão de um inquérito do gabinete OLAF (que investiga faltas graves nas instituições europeias) sobre alegações de assédio, conduta imprópria e afastamento ilegal de migrantes.
Eduardo Cabrita demitiu-se de ministro da Administração Interna em dezembro de 2021, após a polémica em torno do acidente de viação do carro em que seguia em junho desse ano e vitimou mortalmente um trabalhador de uma obra em curso na A6, na zona de Évora.
O Ministério Público já elaborou o despacho final deste acidente, tendo arquivado o processo em relação ao ex-ministro e ao seu chefe de segurança, e manteve a acusação de homicídio por negligência do motorista do então governante, Marco Pontes.