A procuradora-geral já tinha avançado com a abertura de uma investigação em cooperação com o Ministério Público Regional sobre a prática de possíveis crimes de guerra.
O presidente da Câmara Municipal daquela cidade tinha referido na segunda-feira à noite que dez civis tinham sido mortos e pelo menos outros 46 feridos na sequência de bombardeamentos em Mykolaiv.
Oleksandre Senkevich relatou um primeiro ataque do Exército russo com “um morto e cinco feridos, incluindo dois graves”, antes de outra ofensiva, em que “nove pessoas morreram e outras 41 ficaram feridas”, admitindo na altura que o número de vítimas podia ser superior.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.